Setembro I O Manuscrito
O Manuscrito
Gregory Bateson
Outubro 1978
Portanto, aqui está em palavras
Preciso
E se ler nas entrelinhas não encontrará lá nada
Não deve haver lá nada
Pois essa é a disciplina que eu peço
Nem mais, nem menos
Não o mundo tal como ele é
Nem deve ser...
Apenas a precisão
O esqueleto da verdade
Não me sinto emocionado com as implicações
Evoco os fantasmas de velhos credos esquecidos
Tudo isso é para o pregador
O hipnotizador, terapeuta e missionário
Eles virão a seguir a mim
E usar o pouco que eu disse
Para atrair mais armadilhas
Para aqueles que não podem suportar
O solitário esqueleto da verdade
Gregory Bateson deixou contribuições na área da antropologia, cibernética, psiquiatria e para o campo interdisciplinar da ciência cognitiva, de que foi pioneiro. Acima de tudo, destaca-se a nova forma de pensar que defendeu, e que é extremamente relevante para o nosso tempo: pensar em termos de relações, ligações, padrões e contexto, assim como nos ensinou a ligar os pontos.
À medida que substituímos a metáfora Newtoniana do mundo como máquina, pela metáfora da rede, e à medida que a complexidade se torna um foco principal na ciência, o tipo de pensamento sistémico que Bateson defendeu está a tornar-se crucial.
A sua mensagem central era que as relações são a essência do mundo vivo, e que precisamos de uma linguagem de relações para o compreender e descrever. Uma das melhores formas de o fazer, na sua opinião, é contando histórias. "As histórias são o caminho real para o estudo das relações". O que é importante numa história, o que nela é verdade, não é o enredo, as coisas, ou as pessoas de uma história, mas as relações entre elas.