Setembro I Spirit Bird
Setembro
Spirit Bird I Xavier Rudd
(Há precisamente 8 dias atrás e enquanto preparava uma experiência que vou anfitriar e escolhia as músicas, escolhi esta, que dispensa apresentações, para um momento particularmente sensível.
Gosto sempre de voltar a ouvir no momento para sentir se encaixa com a vivência e foi então que o "raio magnético" invadiu e estremeceu todo o meu corpo, permancendo longos segundos, mostrando-me que "sim é esta música aqui", mas imprimindo em mim uma sensação muito forte, sem linguagem "tradutora". Algumas horas depois, acordei durante a noite novamente com esta música em mim, e alguns segundos depois a terra em Portugal estremeceu, permitindo-me acompanhar a chegada da onda intensa que senti vir do mar, e que me fala do centro das profundezas da Terra. Ainda sem linguagem para a informação que chegou e senti, não há mais nenhuma inspiração para este 1 de Setembro que hoje chega.)
Para ouvir aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=TmxSxKxBbQE
e com a tradução livre possível aqui:
Damos tempo ao tempo e perguntamo-nos porquê, fazemos o que podemos, rimos e choramos
E dormimos no vosso pó porque já vimos tudo isto antes
A cultura desvanece-se com lágrimas e graça
Deixando-nos atordoados com vergonha
Nós já vimos tudo isso, já vimos tudo isso antes
Muitas tribos de um tipo moderno, fazendo um trabalho novo, o mesmo espírito lado a lado
Unindo corações e mãos e fios ancestrais, fios ancestrais
Muitas tribos de um tipo moderno, fazendo um trabalho totalmente novo, o mesmo espírito lado a lado
Juntando corações e mãos e fios ancestrais, fios ancestrais
Lentamente se desvanece
Lentamente nós desvanecemo-nos
Lentamente tu desvaneces-te
Lentamente tu desvaneces-te
Spirit Bird que range e geme
Ela sabe que já viu tudo isto antes
Ela já viu tudo isto antes, ela já viu
Spirit bird ele range e geme
Ela sabe que já viu tudo isto antes
Ela já viu tudo isso antes, ela tem
Lentamente nos desvanecemos
Lentamente desvanece-se
Lentamente tu desvaneces-te
Lentamente desvanece-se
Lentamente tu desvaneces-te
Soldado, soldado, meus bons compatriotas
Continuem a lutar pela vossa cultura, continuem a lutar pela vossa terra
Eu sei que já passaram milhares de anos e sinto a vossa dor
E eu sei que é errado e tu sentes
Que foram acorrentados, partidos e queimados
E essas belas pessoas velhas, essas almas velhas e sábias
Têm sido esmagados há demasiado tempo
Por esse homem sem espinha, esse homem ganancioso, esse homem sem coração
Homem enganador, essa mão do governo a tirar sangue e terra
A tirar sangue e terra e ainda conseguem
Mas o vosso sonho e o vosso espírito guerreiro continua vivo, e é tão, tão, tão forte
Na terra, nas árvores, nas rochas
Na água, no vosso sangue e no ar que respiramos
Soldado, soldado, meus bons compatriotas
Continuem a lutar pelos vossos filhos, continuem a lutar pela vossa terra
Lentamente se desvanece
Lentamente se desvanece
Lentamente se desvanece
Lentamente se desvanece
Damos tempo ao tempo e perguntamo-nos porquê, fazemos o que podemos, rimos e choramos
E dormimos no teu pó porque já vimos tudo isto antes