Eu Estive No Futuro, Ganhámos
Outubro
Eu estive no Futuro, Ganhámos
Rob Hopkins, Co-Fundador da Transition Network e autor de vários livros, acredita que a imaginação lúdica é crucial para combater as alterações climáticas. Bolseiro da Ashoka, com um Doutoramento da Universidade de Plymouth e dois Doutoramentos Honorários, Rob incentiva as comunidades a adotarem práticas sustentáveis que promovam a auto-suficiência e a gestão ambiental.
"Desenvolvi uma Formação "E Se..." que pode ser concebida para qualquer situação, desde um curso de meio dia a um de três dias. Realizei-a com
uma grande variedade de organizações (...).
Em todos os casos, criou-se um espaço mágico onde os participantes redescobriram o seu poder de brincar como crianças e de expandir verdadeiramente o seu sentido do que é possível, à escala necessária. Cada Workshop inclui um exercício chamado "Walk of What if", no qual as pessoas trabalham em grupos para pensar em questões "E Se..." realmente abrangentes, que depois transformamos em propostas tangíveis e prontas a implementar.
Também tenho sido chamado por organizações como "Consultor de Viagens no Tempo" para, usar o meu exercício de máquina do tempo, para as ajudar a imaginar para lá dos bloqueios atuais, o que poderá vir a surgir.
É uma atividade que espero que seja amplamente adotada. Esta abordagem da viagem no tempo como uma ferramenta para os ativistas, é algo que utilizo muito no meu trabalho atual (...).
Por exemplo, agora, quando dou palestras, já não dou indicações sobre como penso que o futuro deve ser. Em vez disso, digo às pessoas que acabei de chegar de lá e que lhes vou contar tudo. É uma forma muito diferente de falar sobre questões. Mostro às pessoas as fotografias que tirei no futuro, reproduzo gravações em áudio desse futuro.
O Poeta Rilke resumiu muito bem porque é que esta abordagem funciona quando escreveu: "O futuro entra em nós desta forma para ser transformado em nós, muito antes de acontecer".
Nas minhas palestras, dou às pessoas uma experiência sensorial e multisenssorial de um futuro que correu o melhor possível, o que me parece ser um dos trabalhos mais importantes que poderíamos estar a fazer neste momento. Levo-as para o futuro com o objetivo de lhes dar memórias do futuro."
Excerto do Livro "E Se...Libertássemos a Nossa Imaginação para Criar o Futuro que Desejamos?", Bambual Editora
A pergunta provocadora é: E se... os Gurus da Indústria de Desenvolvimento Pessoal, se unissem convocando os seus clientes com este objetivo de criar memórias de um futuro coletivo, em prol do bem comum, em vez de imaginar projetos e contas bancárias de 6 dígitos, casas de sonho e afins, centrados no seu umbigo, extensível apenas "aos Seus"?