Governos de Moçambique e de Portugal Reflorestam Mangal Travando a Erosão Costeira
Junho 2023
Moçambique e Portugal lançaram esta segunda-feira, 5 de Junho, um programa conjunto de reflorestação de mangal e recolha de plásticos no norte da costa moçambicana.
O projecto PROBICO garante o reflorestamento com 300 mil mudas de mangal em dez comunidades do distrito de Mogincual, província de Nampula, e “vai contribuir para que menos plástico termine no mar, através da recolha a montante”, explicou Ivete Maibaze, ministra da Terra e Ambiente.
O projecto é uma iniciativa conjunta entre os Governos de Moçambique e de Portugal, através do Camões – Instituto da Cooperação e da Língua e da Associação de Educação de Jovens e Adultos de Nampula (ASEJANA).
O mangal é uma das espécies arbóreas que segura os terrenos e trava a erosão costeira, sendo que Moçambique aprovou uma Estratégia Nacional e Plano de Acção de Gestão do Mangal para o período 2020-2024.
Uma sensibilização sobre a poluição com o plástico foi o tema escolhido para chegar a estas comunidades, que devido a todas as carências que sofrem, não têm como prioridade ainda estas questões.
Moçambique produz cerca de 4,2 milhões de toneladas de resíduos sólidos por ano. Desta quantidade, 30% é produzida nas zonas urbanas, composta na sua maioria por matéria inorgânica que inclui metal, plástico, papel e papelão, vidro, material electrónico, baterias, entre outros”, detalhou Ivete Maibaze.
As autoridades têm em curso a identificação, “a nível nacional”, de artesãos para “produção de sacolas ecológicas e de outros materiais biodegradáveis, uma medida que tem estado a permitir a colocação, no mercado, de soluções alternativas à proliferação de sacos plásticos”, acrescentou.
Tendo em conta o contexto, é importante distinguir passos que apoiem práticas mais conscientes.
Há no entanto uma oportunidade de, evitar o excesso de práticas superficiais e focadas apenas na reciclagem e fomentar práticas mais regenerativas, que sejam geradoras de vida para todo o ecossistem e que consequentemente reduzam o consumo excessivo de materiais prejudiciais e sem reaproveitamento.
Que estas práticas sejam naturalmente exequíveis, tendo em conta o tipo de contexto e comunidade e sem manter o privilégio a norte e o castigo a sul.
Fonte: Diário Económico Junho (Adaptado de)